Perícia marcada para meses depois no INSS: o que fazer até a data chegar

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Perícia marcada para meses depois no INSS: o que fazer até a data chegar

Quando a perícia do INSS é agendada para daqui a 2, 3 ou até 4 meses, muitos segurados entram em desespero achando que vão ficar sem renda. A verdade é simples e não se pode criar expectativa de resultado: a demora é uma questão de fila e agenda regional do INSS e não uma negativa antecipada do seu direito. O objetivo da perícia médica é técnico: confirmar a incapacidade funcional para o trabalho habitual no momento analisado, com base no conjunto de documentos médicos reais, recentes, legíveis e coerentes no tempo.

1. A marcação distante da perícia significa que o benefício foi negado?

Não. O agendamento para meses depois apenas indica que não havia data mais próxima disponível na sua região. O sistema do Meu INSS ainda seguirá o fluxo normal de análise quando a perícia for realizada. Se houver direito, ele será reconhecido com base no que for comprovado na perícia, e não pela distância da data.

2. Posso atualizar ou complementar documentos até a perícia?

Sim, complementar é permitido. Atualizar provas já juntadas, reescrever o que já foi enviado, ou “substituir” documentos originais por versões editadas é proibido na via administrativa. O INSS aceita novos documentos complementares desde que sejam reais, legíveis e recentes, como:

•  novo laudo médico atualizado dentro do prazo recomendado

•  exames originais recentes

•  receituários e relatórios do seu tratamento contínuo

A manutenção da qualidade de segurado continua sendo verificada apenas via documento oficial chamado CNIS", (Cadastro Nacional de Informações Sociais).

3. O que fazer até a data da perícia

Continue o tratamento médico normalmente – o perito analisa a incapacidade com base em fatos clínicos atuais da sua profissão habitual.

Mantenha receitas e exames em dia para demonstrar coerência temporal do seu caso real.

Compareça à perícia na data marcada – faltar pode gerar indeferimento formal.

Se houver agravamento ou novos achados clínicos, incluir novos documentos médicos reais e legíveis no app Meu INSS pode somar tecnicamente ao conjunto probatório na reanálise oficial.

4. O que o perito precisa confirmar na perícia

O médico perito do INSS verifica:

Você ainda consegue exercer sua profissão habitual com segurança e constância?

Consegue cumprir sua jornada contínua sem risco ocupacional?

A incapacidade é temporária ou de longo prazo?

Há possibilidade real de reabilitação profissional?

A pergunta central é sempre funcional:

“O que a doença ou sequela do acidente impedem você de fazer hoje na sua rotina profissional habitual, com segurança e produtividade?”

5. Erros reais que podem fragilizar o pedido

Laudo médico antigo ou ilegível

Falta de CID correto no diagnóstico real

Assinatura ausente ou ilegível

Longas lacunas entre documentos e datas incoerentes

6. Quando é possível recorrer após a decisão

Se o benefício for indeferido após a perícia, o segurado pode interpor um Recurso Ordinário à Junta de Recursos do CRPS em até 30 dias corridos contados da ciência da decisão no app ou no portal, sem garantias de provimento, pois o julgamento é técnico e colegiado.

7. Conclusão

A perícia médica marcada para meses depois não cancela seu pedido, nem confirma deferimento. O que realmente decide o benefício por incapacidade é a confirmação técnico-pericial da incapacidade funcional laboral do seu trabalho habitual, com base em laudos e provas clínicas verdadeiros, recentes e legíveis, registrados originalmente no fluxo do aplicativo Meu INSS, sem lacunas temporais e sem induções inadequadas.

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