Quanto tempo o INSS demora para analisar um benefício em 2025 (realidade, prazos e o que influencia a duração)

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Quanto tempo o INSS demora para analisar um benefício em 2025 (realidade, prazos e o que influencia a duração)

O pedido de um benefício no portal Meu INSS é analisado pelo INSS de forma técnica e individualizada, de acordo com a natureza do benefício solicitado e a agenda da Agência da Previdência Social responsável pelo atendimento na sua região antes do agendamento pericial — chamada APS. Não existe um prazo fixo em meses que garanta deferimento ou pagamento sem análise ou perícia, quando esta é exigida pela lei. Este conteúdo tem caráter informativo, sem ataques institucionais ou afirmações que induzam expectativa de resultado, em conformidade com o Código de Ética da OAB.

1. Existe um prazo oficial que o INSS deve seguir?

A análise dos requerimentos do INSS observa diretrizes da Lei 9.784/1999, que estabelece regras gerais do processo administrativo em âmbito federal. Já a Lei 8.213/1991 regula os benefícios previdenciários como: auxílio por incapacidade, aposentadorias, pensão por morte e reabilitação profissional.

Importante: A lei prevê prazos procedimentais internos e regras de concessão, mas não promete data certa em meses, porque a duração real sofre influência direta de filas regionais, complexidade documental, convocações periciais e necessidade (ou não) de perícia médica oficial.

2. O que realmente influencia o tempo de análise

Os principais fatores verdadeiros que impactam a duração do processo de análise no INSS:

2.1. Tipo do benefício solicitado

Benefícios contributivos por incapacidade laboral (temporária ou permanente): quase sempre passam por perícia médica oficial.

Pensão por morte e aposentadoria por idade: são benefícios documentais, quando não há incapacidade laboral alegada.

BPC/LOAS: é assistencial e depende de avaliação social do núcleo familiar (não é contributivo).

2.2. Volume de pedidos na sua região

Cada APS possui uma agenda médica e social regional, podendo gerar agendamentos para meses depois — o que não significa indeferimento antecipado, e sim fila na agência responsável pelo atendimento regional.

2.3. Força documental real (quando verdadeira, legível e recente)

Laudos médicos são fortes quando:

 São verdadeiros

 Estão legíveis

 Têm CID correta informada por especialista da área do diagnóstico

 São recentes (idealmente <60 dias antes da perícia)

 Descrevem limitações funcionais ao trabalho habitual apenas se isso constar no laudo real do médico assistente/especialista da área.

2.4. Coerência temporal dos documentos

O pedido é mais consistente quando consultas, exames e laudos:

 Seguem uma sequência lógica no tempo,

 Sem lacunas temporais grandes,

 E condizem com o momento da incapacidade, quando alegada.

3. Quem já contribuiu no INSS pode pedir BPC?

Não existe relação entre contribuição e BPC. O BPC é operado pelo INSS na fase de pagamento, mas não é enquadrado por contribuição. Quem enquadra socialmente é a rede assistencial social.

4. O que fazer se houver um atraso muito fora do normal

Quando a análise ultrapassa um atraso anormal, irrazoável, sem decisão formal ou justificativa correspondente oficial no fluxo da APS responsável pelo pedido, o segurado pode buscar judicialmente um Mandado de Segurança, mas isso não é etapa do pedido administrativo e não deve ser tratado como fluxo padrão — é um remédio judicial, usado em exceções quando há demora sem resposta formal no sistema da APS responsável.

5. Quando cabe recurso administrativo

Se houver indeferimento formal do benefício por incapacidade laboral alegada, o segurado pode apresentar:

Recurso Ordinário à Junta de Recursos do CRPS em até 30 dias corridos após a ciência da decisão, e o pedido ficará em reanálise oficial colegiada e técnica, sem garantias de provimento, pois o julgamento é administrativo e colegiado.

6. Conclusão

O tempo que o INSS leva para analisar um benefício em 2025 não é fixo em meses, nem é definido por rol fechado de doenças. Ele depende da natureza do pedido, da fila da APS responsável na sua região, da necessidade de perícia (quando incapacidade laboral é alegada) e da força documental verdadeira, legível e coerente no tempo clínico e contributivo registrado antes da incapacidade nascer no CNIS.

Caso haja demora, o segurado deve acompanhar o andamento pelo aplicativo Meu INSS, manter o tratamento médico e, se houver indeferimento formal, pode recorrer administrativamente ao CRPS dentro do prazo real de 30 dias, sem garantias de resultado.

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